O texto abaixo foi postado em meu antigo blog, o donideias009, em 12 de junho de 2010. Portanto, no início da Copa da África. A do Brasil está às portas. O tema no momento, também ressurge após as trágicas imagens da selvageria do jogo entre o Atlético Paranaense e Vasco da Gama em Joinville (SC). De tudo que acumulei de leituras sobre as atitudes pernósticas do futebol, aqui vou escrever com todo gosto.
Ah! Não vejo a hora da Copa começar! Afinal não basta ser feito de otário só com impostos, péssimos serviços públicos, violência.... |
Faço parte do zero
vírgula zero “alguma coisa” por cento, que não dá a mínima para futebol e tão
pouco Copa do Mundo! Sendo assim, na
atual conjuntura sou classificado pelo senso comum reinante nestas paragens
tupiniquins, “do contra“, “chato“, “não patriota” e outras bobagens!
Futebol é uma das poucas coisas que na vida “desaprendi” a admirar e gostar.
Poderia aqui contar mil historinhas de vida que provariam ao caro leitor, que
futebol é algo muito irrelevante para mim, mesmo em épocas de jogos da seleção
válidos para a Copa do Mundo! As melhores
lembranças que tenho do futebol vem na realidade das maravilhosas crônicas de Nelson Rodrigues. Escritor, dramaturgo e jornalista
escreveu as principais obras do gênero; “À Sombra das
Chuteiras Imortais“, “A Pátria em Chuteiras“, “Fla-Flu e as Multidões Despertaram.” Torcedor e cronista do futebol,
traduziu como ninguém a “neuras” que domina o povo em épocas de Copa do Mundo. Assim ele escreveu “A Pátria em
Chuteiras”; “A partir do segundo gol, algo mdou no
destino do Brasil. Este começou a ser uma grande potência. E, hoje, acordamos,
todo com a fronte erguida e fatal dos profetas. Neste momento, a crioulinha, a
favelada e descalça, tem um halo de Joana d’Arc. E o brasileiro pé rapado, mais
borra-botas, enrola-se num manto como um Rei Lear.”(Fatos & Fotos,
16/06/1962) Desta forma comentou um jogo da seleção brasileira na Copa de 1962.
Descobri então que há vida inteligente neste país, mesmo vindo do futebol!
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