quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Beto e Helena Pêra. Flecha e Violeta Pêra.


A primeira década dos 2000, consolidou nos cinemas pelo mundo dois gêneros que se mantiveram na década seguinte. Os filmes de super heróis que saíram dos quadrinhos e foram para as telas. Duas fontes inesgotáveis deles podem ser lembrados em qualquer lista de melhores. DC Comics e Marvel. Hulk, Homem de Ferro, Batman, Homem Aranha, X Men, Thor, Capitão América e Os Vingadores pra começo de conversa. Um segundo segmento que tem arrastando multidões para os cinemas sem dúvida, são as animações. Que atire o primeiro mouse quem não se encantou com os deliciosos enredos e personagens produzidos pela Dreamworks e Pixar! Toy Story, Carros, Wall-E, Up! Altas Aventuras. Shrek, Gato de Botas, Wallace e Grommit (Aardman Animations), Robôs, Monstros S.A. e uma interminável lista de títulos que milhões de pessoas foram ver no cinema e tem cópias em DVD em suas casas. A magia de todos, além de uma criatividade visual impecável tem roteiros que encantam crianças e adultos. Quando Toy Story 3 estava em cartaz, ouvi gente chorando na sessão durante os momentos mais dramáticos dos brinquedos. Mas cinema é isso! Encantamento! Escrevendo esse post em razão de rever pela "enésima" vez a animação que julgo com alguns critérios baseados na crítica o que considero a melhor de todas essas animações. Produzida em 2004, pelos Estúdios de Animação Pixar e distribuída pelo mundo pela Walt Disney, "Os Incríveis" condensaram décadas dos filmes de ação, suspense em aventura numa animação ímpar!

"Cadê meu nome no título?"


Muitos dos filmes de super heróis exibidos nos últimos vinte anos, tem em partes de suas franquias, personagens com super poderes em crises existenciais. Vide Homem Aranha e Batman. "Os Incríveis", trazem alguns anos antes este elemento, focando uma família inteira em crise perdida entre ocultar seus poderes e frustradas tentativas de levar uma vida simples. Heróis aposentados. A animação transmite a exata essência deste fator e insere o tema "morte" dos super heróis. Aliás, "Os Incríveis" é piorneiro no uso de personagens humanos em animações e por incluir o fator "morte" para estes. Recebeu a classificação PG nos EUA por ocasião de seu lançamento no cinema. E se percebe diversas influências nas aventuras da família Pêra. Se assiste nos quase 100 minutos de filme, o clima por vezes "noir" de Missão Impossível, as invencionices espetaculares da franquia de James Bond 007, bem como dos cenários igualmente surreais. Drama, suspense, traições há uma infinidade de situações adultas entremeadas por piadas e tiradas geniais. Criada e dirigida por Brad Bird (também criador dos Simpsons), "Os Incríveis" arrecadou mais de 630 milhões de dólares ao custo de 92. Um sucesso arrasador. Uma das principais bilheterias da década. Trouxe personagens coadjuvantes que se perpetuaram como a estilista de heróis Edna Mode e outro herói bacana, Gelado. Criou e matou no final, um terrível vilão, o Síndrome. Não teve continuação, o que o diferenciou ainda mais de seus concorrentes. Cogitou-se uma continuação no final de 2011, mas sem confirmação. Quem assistiu entende o final como uma ponta de continuação. Poderia chamá-lo de clássico e por ser tão especial, creio que uma continuação talvez eliminasse um pouco dessa magia condensada numa única grande aventura de heróis que do auge, são aposentados por força de uma opinião pública cansada de seus atos. Heróis que entram em crise e forçados por circunstâncias muito particulares, voltam a utilizar seus super poderes, não para salvar o mundo e sim a si mesmos ou a instituição que mais riscos corre atualmente, a família.

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