quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Efeito nada.

Quando assisti pela primeira vez alguns episódios do desenho animado, As Aventuras de Tim Tim na TV Cultura já bem adulto, ficava a me perguntar mesmo gostando das intermináveis viagens do jovem repórter. Tim Tim teria quantos anos? Quem são seus pais? Se ele é tão jovem cadê a namorada? Milu é mesmo um cão? Seria um alter ego ou um tipo de Haroldo do imaginário do Kevin? Porque o capitão Haddock é tão afetado? Um "mala" que fala berrando e berra gritando. Seria falta de uma senhora Haddock após tanto tempo no mar? Se Duppond e Duppont são tão atrapalhados, como eles podem ser designados para as investigações mais importantes onde Tim Tim que é "apenas" um repórter, parece um agente da CIA ou do FBI? Enfim, apesar de tantas questões não resolvidas assisti vários episódios pela perspicácia das tramas e por um item que muito se assemelha a franquia do 007. O cenário dos roteiros transcende os continentes. Às vezes no espaço, às vezes no mais profundo dos oceanos. Procurar uma sala de cinema neste início de ano para ver essa superprodução assinada por Steven Spielberg e Peter Jackson, obedeceu a dois critérios. O currículo destes dois nomes tem tanto comprometimento com o cinema quanto o próprio cinema. E também porque achava que minhas dúvidas seriam dissolvidas. Ledo engano. Apesar dos cuidados com os efeitos especiais, a captura de movimentos humanos adaptados para os quadrinhos em ação e todas as aventuras possíveis,  Tim Tim é apenas uma esquecível "Sessão da Tarde." Esperar um filme de ação tão dramático quanto ET ou algum episódio da franquia do O Senhor dos Anéis é perda de tempo. O Tim Tim dos cinemas em 2012 é apenas a fusão de três episódios ou originalmente três livros em quadrinhos. Episódios 9, 11 e 12. O Caranguejo das Pinças de Ouro, O Segredo do Licorne e O Tesouro de Rackhan o Terrível. Surgido em 1929 na Bélgica, Tim Tim é uma das mais famosas histórias em quadrinhos do último século. Seu autor Georges Prosper Remi ou simplesmente Hergé, talvez não tivesse imaginado a extensão do sucesso de sua obra. Poderia ter ido além das 24 histórias que escreveu e desenhou. Mas creio ser um produção datada, mesmo para nós brasileiros que só viemos a conhece-lo muitos anos mais tarde pela TV. Ao sair do cinema continuei com todas as dúvidas expressadas no início deste post. E uma certeza. As novas gerações não vão se encantar com Tim Tim. A fraca bilheteria é prova disso. Próximo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário