Uma das maiores peculiaridades da rápida evolução do homem no planeta, foi sua capacidade de adaptação a praticamente todos os ambientes que lhe foram oferecidos pela Mãe Natureza. Os que não foram, o homem se encarregou de criar por conta fazendo uso e abuso de outra peculiaridade humana, a sapiência (inteligência). Voar a alturas inimagináveis sem asas, submergir as maiores profundidades sem pulmões preparados, correr além dos limites do próprio físico, enfim o homem coleciona barreiras naturais derrubadas pela força mental. Agora é óbvio que uma vez não natural, é esperado que em algum momento as coisas talvez não deem tão certo como se imaginou em qualquer planilha técnica. Se até os pássaros de vez em quando tem lá suas quedas, o que imaginar do homem sem asas? Se até os peixes e todas as outras formas de vida marinha de vez em quando tem lá suas limitações e falhas naturais, quanto mais o homem, que apesar de originário também da água se adaptou mais na superfície? Só desta forma consigo entender a tragédia do último dia 24 no parque Hopi Hari. Pior do que a vítima cair dos 30 metros foi o fato de ser "arremessada" desta altura o que talvez tenha dado um impacto três vezes maior do que o natural. Confesso que nunca simpatizei com esses brinquedos radicais em parques de diversão. E por ser hipertenso, passo até longe deles! Creio que desde que os conheço, o número de acidentes até que foi pequeno mediante o perigo que representa. Não se trata aqui de discutir um eventual mal funcionamento ou falha humana. Penso na própria ousadia do homem em desejar superar o que naturalmente jamais o faria, estar a causa real de todas as tragédias conhecidas. Se pode acontecer, vai acontecer! . Sei que esse "filosofar" é inútil diante de uma vida tragicamente perdida. Mas que cada um de nós reflita sobre esse "aviso!"
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