Na penúltima semana de dezembro passado, resolvi comprar um ótimo presente de natal para mim. Fui à Livraria Cultura e adquiri dois títulos que há tempos desejava ler. A biografia do Lobão e a última (última mesmo!) obra do jornalista Daniel Piza, Dez Anos que Encolheram o Mundo, Leya Editora. Aliando meu propósito de ler pelo menos "X" livros nestas curtas férias comecei pela síntese jornalística dos dez primeiros anos do novo século. Havia conhecido o livro por ocasião de uma entrevista de Piza no programa Pânico de rádio em junho de 2011. Em menos de uma semana li todo o livro. A obra é fechada com uma cronologia dos fatos mais importantes de toda a década. Percebi certa ênfase a uma lista enorme de grandes perdas de nomes ícones do cinema, das artes, da política e da ciência. "Pôxa!", pensei, "que obtuário interminável!" Concluí o livro na quarta feira, 29 de dezembro, na noite do dia 30, o autor de apenas 41 anos vítima de um AVC faleceu! Daniel Piza era jornalista e escrevia para o jornal O Estado de São Paulo desde 2004. Publicou 17 livros. E em sua última coluna no Caderno 2, publicada no "Estadão" de 25 de dezembro, Daniel Piza, escreveu: "Ver o sorriso de filhos e sobrinhos é boa maneira de encerrar o ano, como o fecho de capítulo de um livro que ainda não terminou, e mesmo que não chegue a redimir o capítulo ruim. Perdi minha mãe e, apesar das falas pseudo consoladoras do tipo “É a vida” (não, é a morte mesmo) e “Tudo vai ficar bem” (defina “bem”), a dor ganha intervalos, mas a ausência fica."
O artigo chama-se "De Presentes e Ausências." É interessante ler.
sobre a morte:
ResponderExcluir"a dor imensa, vai passar....a saudade só aumentar"
essa angústia do jornalista me lembra a MELANCOLIA; que ele mesmo anteviu...e exatamente na data mais próxima de quem perde uma pessoa mais sente de perto.